Desfiles, bailes, orgias... Existem muitas opções do que se fazer no carnaval, de acordo com seus gostos e possibilidades econômicas. Ano passado eu participei do carnaval de São Luis do Paraitinga e aquele pareceu ser o tipo ideal para mim: blocos de rua, marchinhas com letras incompreensíveis, cidade pequena e botecos baratos. Mas a falta de dinheiro e a ira do próprio Deus em pessoa impediram que eu repetisse de opção em 2010 e fui obrigado a escolher por uma viagem mais acessível: o carnaval de Cerquilho.
Não me levem a mal, eu estava satisfeito com isso, mas é que o estilo deste carnaval me deixou um pouco inseguro. O que acontece lá é algo semelhante a uma micareta, você sabe, trios elétricos, música ruim, abadás e gente suada que pode se utilizar de truculência para te agredir ou para te amar.

É. Isso aí
Porém, minha experiência foi bem sucedida e agora ofereço algumas dicas para você que pode acabar perdido num role desses. Seguindo esse manual você não apenas conseguirá divertir, como também irá evitar DST’s e lesões corporais graves.
Este era o item que mais me preocupava. Você pode ter uma certeza sobre um local que acumula centenas de mulheres “acessíveis” e um bando de bombadinhos que amarram bandanas em seus bíceps: pessoas irão brigar, como bisões enfurecidos batendo cabeça sem nenhuma razão lógica pra isso. Eu não sou exatamente um cara forte e também não tenho grandes habilidades marciais. Também não sou muito corajoso e geralmente não estou muito disposto a lutar para justificar meu orgulho macho.
Logicamente, a possibilidade de ficar na mira de um punho anabolizado não me era muito agradável. Mas logo meus medos foram dissipados, por quê: 1° - você realmente tem que provocar alguém pra se meter em confusão, tipo, passar a mão na bunda da namorada de alguém, ou na bunda do próprio cara. 2°- é verdade que tem certos tipos que só estão lá pra brigar e tal, mas eles só o farão se você der algum motivo. Peça desculpas se alguém te empurrar, saia de perto se você ver que a coisa pode ficar feia e não banque o machão, porra! Esses caras andam em bando e são covardes o bastante pra chutar alguém caído no chão.
Dito isso, eu posso assegurar que uma das coisas mais hilárias desse carnaval foi assistir a um bando de neandertais cujos Q.I’s somados não alcançariam três dígitos se digladiando por uma menina que não conseguiria trabalho nem em um vintão da Cracolândia. Isso até chegarem os seguranças e enxerem todos eles de porrada. Garantia de risadas, minha gente.
Bom, acho que essas são as principais dicas que posso dar. Fora isso, siga as regras de etiqueta básicas que você segue em qualquer lugar. Coisas como não urinar em meio a uma multidão, não jogar voleibol com uma camisinha cheia de cerveja próximo a um destacamento da guarda civil, e resistir a tentação de atirar objetos nos otários que ficam em cima dos trios elétricos. Relaxe, aproveite, ignore a voz do bom senso e garanta uma boa diversão.
Ah é, e use camisinha. Isso se você tiver sorte o bastante pra isso, perdedor.
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